Serra da Pena Hotel , Àguas Radium Hotel

A história deste sítio de águas minerais, embora recente (inícios do século XX), está envolta na lenda que começa com um conde espanhol, Don Rodrigo, que aqui teria curado uma filha de uma grave doença de pele, mandando posteriormente construir o hotel termal, de que hoje restam as ruínas com o seu ar acastelado.Mas o que vem ainda a adensar o mistério é a própria história oficial relatada por Acciaiuoli: “Até 1920 as águas não eram conhecidas e, naquele ano, o Prof. Charles Lepierre, declarou que as nascentes deste grupo denominado «Curie», eram dotados de propriedades radioactivas.” (Acciauoli 1944, III). Nunca o autor nos seus vários textos monográficos ou relatórios como engenheiro-chefe da Inspecção de Águas, nomeia o lendário conde espanhol; aliás, o único espanhol nomeado no processo é Enrique Gonsalvez Fuentes como concessionário das águas por alvará de 17 de Agosto de 1923.Mas o hotel termal já existia nesta data.Outro dado a equacionar nesta história é a vizinhança das Minas de Quarta-feira, com exploração iniciada em 1910 pela companhia francesa Societé d’Uraine e Radium, de onde partiu muito minério de urânio que foi trabalhado nos laboratórios de Paris, onde Madame Curie (1867-1934) trabalhava. É muito provável que fossem os franceses desta empresa mineira que denominassem as nascentes com o nome desta cientista galardoada com dois prémios Nobel. Sendo assim, o trabalho de Lepierre será enquadrado no processo de legalização da concessão de nascentes que já estavam em exploração. Segundo Luís Paulo “A Madame Curie esteve lá cerca de 4 meses”, mas não encontrámos nenhuma referência a possíveis estadias de Curie em Portugal.A história destas termas é descrita do seguinte modo pelo presidente da Junta de Freguesia: ”O fundador das águas de Radião foi o D. Rodrigo, ele tinha um nome diferente mas aqui ficou conhecido como o D. Rodrigo. Foi ele que mandou construir as termas, que mais tarde foram vendidas aos ingleses. Isto é assim, o D. Rodrigo deve ter abandonado a empresa mais ou menos pelos anos 30. Depois começou a exploração inglesa que como termas durou muito pouco, ficou só a exploração hoteleira. Foi durante esta exploração inglesa que houve um gerente que levou a empresa à falência, por volta de 1951 ou 52, era residente no Casteleiro, embora não fosse de lá. Depois foi leiloado em Lisboa, a uma família de lá, e depois os herdeiros desses, que eram muitos, vêm a vender ao Ramiro Lopes em 1984 ou 85. Ele ainda fez muitas obras, há coisa de 4 anos vendeu ao irmão. Actualmente o projecto está a andar, andam pessoas lá a trabalhar." (Luís Paulo). Em 1929 a exploração termal é arrendada à empresa Sociedade Águas Radium Lda, por contrato até 1940. Esta sociedade introduz outro tipo de tratamentos para além dos de balneoterapia, como seja a aplicação de lamas, compressas eléctricas radioactivas e a “studa chair” para lavagem do cólon.Em 1940 terminou o contrato de arrendamento, mas a concessão continua nas mãos dos herdeiros Enrique Gosalez Fuentes. Acciaiuoli (1947), no relatório da actividade Inspecção de Águas de 1943-46, informa-nos que “a actividade desta Estância está suspensa desde 1945, sendo muito pequena a sua frequência: 35 inscrições em 1944 e 36 no ano anterior”. Em 1951 a sociedade francesa dá lugar à Companhia Portuguesa de Radium, de capitais ingleses, e terá sido esta empresa que toma conta do hotel, explorando apenas a parte hoteleira do complexo, conforme a descrição do presidente da junta, Luís Paulo, estando neste caso as suas datas desfasadas de 10 anos. Esta companhia mineira cessaria a sua actividade em 1961, mas nessa ocasião já o hotel termal estaria abandonado. O complexo termal foi leiloado em Lisboa (segundo Luís Paulo), e posteriormente comprado por Ramiro Lopes, residente na Panasqueira, com a intenção de transformar o local num hotel de luxo. Em 2000 este senhor vendeu a propriedade a seu irmão António Lopes, com o projecto de construir, numa primeira fase, um hotel de luxo (a partir das actuais ruínas) com campo de golfe e piscinas, e numa segunda fase seria trabalhada a parte termal.Em Acta de Reunião Ordinária n.º 3 da CM do Sabugal, de 28 de Janeiro de 2000, pode ler-se o seguinte ponto: "Presente ofício da Firma GOLFIBÉRICA referente ao projecto turístico da Águas Rádio – Serra da Pena – Sortelha, tendo o Presidente dado conhecimento da reunião com a gerência da empresa onde lhe foi dado a conhecer o interesse por parte de investidores estrangeiros naquele investimento, estimando-se a criação de cerca de 150 postos de trabalho. Propôs que a Câmara Municipal disponibilize a colaboração técnica possível e que se considere o investimento de interesse municipal, propostas que foram aprovadas por unanimidade." Mas no local pouco foi feito, para além de bloquearem as entradas na propriedade. texto retirado de http://www.aguas.ics.ul.pt/guarda_cpena.html


Programas ou presets

Algumas máquinas têm programas mais automáticos.

Apesar de desaconselhar o uso devido a muitos factores deixo aqui uma breve lista:

Contra luz: Este modo é muitas vezes confundido com “modo nocturno”. A câmara faz uma medição como se não tivesse o flash ligado. Quando tirar a foto dispara o flash. A este efeito chama-se “fill flash”.

Desporto: a câmara vai dar preferência à velocidade sacrificando o ISO (mais ruído) e o F (menos profundidade de campo).

Totalmente automático: a câmara vai-se posicionar para uma foto “normal”, não muito rápida, se a medição der pouca luz vai ligar automaticamente o flash e posicionar-se a 1/60 seg (pode depender do modelo) atribui um ISO e um F “médio”.

E até mesmo modos mais “evoluídos” que passam as decisões para a câmara como, por exemplo, “Sorriso”: a câmara analisa a imagem até detectar um sorriso e aí tira a foto.

Vale a pena ler também “socorro, a minha câmara não dispara!

Modos e de focar e pontos de focagem

Pontos de focagem são pontos onde se define, para uma determinada cena, o que fica focado.
Nas máquinas sem AutoFocus via-se se a imagem estava focada, no viewfinder, através do alinhamento visual de linhas verticais no meio da cena.

A minha primeira máquina já tinha 3 pontos de focagem. Um a meio, outro à esquerda e outro à direita. Hoje em dia facilmente se passam os 10 pontos de focagem e, se dissermos que todos são usados, a máquina escolherá um (ou mais consoante o DOF) para focar.

A minha recomendação vai no sentido de se usar sempre e apenas o ponto do meio (ok, 99% das vezes). É onde a máquina foca melhor. É onde a imagem tem mais qualidade. É, muitas vezes, onde está o nosso “assunto”. Normalmente, em cenas “calmas”, pode-se focar (e ler) com o ponto do meio carregando no botão até meio de modo a fazer o lock e depois, sem levantar o dedo, reenquadrar e carregar para tirar a foto.

Um amigo meu que me ensinou muito chama “autodesfocus” à utilização de AF de uma forma totalmente automática. Para ilustrar este nome pensem em usar o AF + modo automático de disparo para fotografar uma corrida TT em que os carros passam por trás de árvores. Não imaginam a quantidade de vezes que as árvores sairão focadas.

Os modos de focagem são, entre outros:

One shot: A câmara lê, foca, tira a foto. No caso de se usar o click até meio (para fazer lock à leitura e focus) o foco não vai mudar independentemente do que vocês façam à câmara. Se estiverem a seguir um determinado assunto (um carro numa pista, por exemplo, e estiverem junto à linha de meta) e carregarem até meio no início da recta, esperarem que o carro passe na linha de meta e tirarem a voto.. vai ficar desfocada porque a distância do carro, na linha de meta, a distância é muito menor do que quando fizeram o lock. Se usarem este modo para assuntos em movimento, cuja distância entre a câmara e o assunto varie, carreguem até ao fundo de imediato e aí, o mais rápido que conseguir, a câmara vai ler, focar, tirar a foto.

Continuous AF: A câmara lê, foca, tira a foto. No caso de se usar o click até meio (para fazer lock à leitura e focus) o foco não vai mudar independentemente do que vocês façam à câmara. Mais uma vez, se estiverem a seguir um determinado assunto (um carro numa pista, por exemplo, e estiverem junto à linha de meta) e carregarem até meio no início da recta, esperarem que o carro passe na linha de meta e tirarem a voto.. vai ficar focada porque a câmara vai sempre variar a distância de focagem à medida que acompanham o assunto. Tenham cuidado, no entanto, com as condições de luz porque a medição foi feita no início da meta e podem ser diferentes na linha de meta. Cada marca tem a sua variação do continuous AF mas a ideia é a mesma -> manter o assunto focado à medida que a distância entre o assunto e a câmara varia.

Manual: conseguem prever o que vai acontecer? Há algum tempo de espera? Foquem no ponto previsto, passem para MF, quando acontecer o que esperam tirem a foto. A câmara vai, quase de imediato, tirar a fotografia já que não precisa de verificar que o foco está no ponto escolhido. Tal como nos casos anteriores, sabemos que o carro vai passar na linha de meta. Previamente, usamos o AF para focar na linha de meta (e medir, já agora), passamos para MF. Acompanhamos com a câmara a deslocação do carro através da recta da meta e, quando ele passar na linha (o nosso ponto onde está focado) tiramos a foto.

Socorro! a minha câmara não dispara! (e outros problemas)

Já nos aconteceu a todos: Estar ali aquele momento, o vento acalmou e um espelho perfeito no lago, o piloto de motociclismo a fazer uma ultrapassagem brutal, aquele avião a passar em frente a uma lua cheia, click… e nada! A vontade é mesmo “atirar a câmara pela janela”. Não sei se é pior mas também há o “click” e a foto fica toda escura ou toda queimada.

A câmara, de facto, pode ter avariado mas, o mais provável é alguma coisa estar mal nas definições ou até…

  • – o cartão está cheio (algumas vezes)
  • – a bateria acabou (poucas vezes)
  • – a câmara não está ligada (algumas vezes)
  • – a tampa protectora da objectiva está colocada…. na objectiva (tantas vezes).

Mas, caso não seja tão óbvio, ainda há mais uns possíveis motivos a verificar..

  • – o buffer está cheio  (poucas vezes)
  • – a câmara não consegue focar (poucas vezes)
  • – acabei de sair de dentro de uma zona mais escura onde compensei +1EV e.. fiquei sem céu
  • – nos modos manuais, no dia anterior estive a…
    • – tirar fotos de noite e… a minha foto de dia está cheia de grão (algumas vezes)
    • – tirar fotos de noite e… a minha foto está azulada (algumas vezes)
    • – tirar fotos de noite e… uma exposição de 30 segundos ao meio-dia?! (quase sempre depois de tirar fotos de noite)

Aos poucos, com a prática, até pelo som do obturador se consegue perceber se estão a 100 ISO ou a 1600 ISO.

Caso consigam tirar a foto, analisem SEMPRE o histograma.

E a vocês? Já aconteceu mais algum?! E a câmara? Voou pela janela?!

Driving modes, modos de disparo

Há apenas 2 ou 3 modos de disparo realmente importantes que servem de base a outros que se existam ou surjam no futuro.

Disparo simples: Um click = um disparo, outro click, outro disparo.

Disparo de Rajada: Basta ficar com o “dedo em baixo” para que a camara faça o número de FPS que consegue até encher o buffer.

Temporizador: Um click e, após alguns segundos, um disparo. No modo AEB , normalmente, são feitos os N disparos parametrizados à velocidade de FPS  de modo a fazer o bracketing .

O programa e o modo de focagem seleccionados na altura podem afectar o driving mode

FPS – frames por segundo

FPS (frames/fotogramas por segundo) é o numero de imagens que a câmara consegue obter em um segundo em situações de buffer vazio. Tanto se aplica a fotografia como a filme (o que é um filme senão uma sequência rápida de fotografias?) e, quanto maior o número, maior a “rajada”. O termo “rajada” vem de “rajada de disparos” mas, no caso, disparos por uma câmara fotográfica/máquina de filmar. Não queremos violência!

Para se obter o máximo de frames por segundo de uma câmara fotográfica o tempo de exposição tem que ser menor que o tempo de exposição definido. Não se consegue uma rajada de 5fps se o tempo de exposição for de 0.5”. Neste caso o máximo que se consegue será 2FPS (2 fotos por segundo).

No fim de se atingir o buffer (o espaço livre do buffer, mostrado em número de fotos, normalmente aparece no viewfinder) o número de FPS é limitado pela velocidade com que a máquina consegue escrever para o cartão e, consequentemente, consegue vazar o buffer.

A melhor imagem para isto é tentarem encher uma garrafa de água através de um funil. Quando o funil fica cheio temos de esperar um pouco que o nível de água no funil desça um pouco para podermos deitar mais água. O funil é o buffer e, a largura da ponta do funil, a velocidade de escrita do cartão. Se a ponta for mais larga o funil vazará mais depressa deixando-nos prontos para tirar mais fotos de imediato.

HDR / HDRI

The HDR (High-dynamic-range imaging) is a photography technique which makes it more capture “range of light” in the image.

 It has happened to all of us shooting that way to the beach and the sky is white or, in the middle of the woods, shooting the treetops and branches turn black.

 What is happening is that the “amplitude” of the sensors still fail to capture everything that the human eye can see, and if the scene has a lot of range of light is normal to be anything “burned” / under exposed.

 With the HDR we can expand this range to any value. You can have the sun in front and a shadow to a basement, in the same picture, and get a blue sky and see the details in the basement.

 The HDR is usually composed of multiple exposures and can be done automatically (AEB – auto exposure bracketing) or manual (by varying the exposure times of something “fast” for the blue sky to something slow to get the detail of the basement , for example). It is possible to build a HDR image from only one RAW image

Note: AEB serves to more things than creating HDR images.

To make a manual Exposure Bracketing is highly recommended using a tripod since it involves removing the framework of the machine, look, fit, replace the machine in the environment and this will cause a misalignment of the images. In the case of the AEB, although also the tripod is advisable, depending on the focal length, can be handheld and the software used will re-align the pictures.

There are many software to join multiple pictures and build HDR images. Photoshop of course, photomatix, oloneo, nik hdr, hdr MediaChance, etc. Try it and enjoy the results.

Usually what I do (because I like to HDR’s that result in normal pictures) is to get an image in TIF 32bit and then use Adobe Lightroom for … whatever I want. The resulting images are “bullet proof” in the sense that, being too dark or too light never “burn” in white or “lose detail” in the shadows.

AEB – Auto Exposure Bracketing

AEB – Auto Exposure Bracketing is a functionality present in photographic cameras for many years. This feature makes N exposures with the “distance” to the middle of EV’s preconfigured. This distance can be of exposure value, apperture or with digital cameras, ISO.

Many years ago, while using film cameras, I received a mail with some thoughts on photography and one of which was “Use bracket. Film is cheaper than a new trip. “If the roll time it was advised, imagine the digital time! Memory card is much cheaper than a new journey.

Bracketing idea is to prevent photo exposure errors caused by automatic or manual settings.

If, for example, the amplitude of the image is 14 EV’s (-7 to +7), depending on the scene, we can bracket [-2.0 + 2], ie, from -9 to +5 (getting good exposure for lights sun and sky blue), -7 to +7 (normal exposure) to +9 -5 (good exposure in shadows) regarding automatic settings or M mode.

At home, calmly, we look at the histogram and we select the photo that best corresponds to our idea for the scene. If we choose the darker able to regain some shadows but we have all the detail in the highlights. If we choose to have clearer detail in the shadows but possibly the Sun will be a larger ball. It is a matter of personal taste.

Depending on the situation it may be desirable that the driving mode – shooting mode is

  • – Burst. Takes 3 pictures then the maximum speed of the camera fps shooting. The N pictures are made quickly (at camera fps) and can be used in any subject in motion during the day.
  • – With timer. Can be with or without mirror / lockup in case it is essential that the machine does not shake (of course, a tripod). If the camera is mirrorless has no mirror lockup.

After shooting AEB we can always produce an HDR image stretching the amplitude of various light images to an image much “richer” in light amplitude.

ISO

O ISO controla a sensibilidade que o sensor tem à luz e a quantidade de “grão” da fotografia.

O controle do ISO permite controlar variações na abertura e no tempo de exposição de modo a obter o efeito desejado alem do efeito visual do “grão” que é agradável, por exemplo, nas fotos a P&B dando aquele ar mais antigo.

Valores possíveis para o ISO são ISO50, ISO1600. O ISO também pode variar em “stop’s”. ISO100 + 1Stop = ISO200. Simplesmente “subam o ISO 2 stops” faria passar o ISO do valor actual para ISO*2*2 (de 200 para 800, por exemplo).

De modo a assegurar uma correcta exposição da foto (nem muito clara -> sobre-exposta ; nem muito escura -> sub-exposta) as alterações no ISO têm que ser compensadas com variações na abertura e/ou na velocidade. Essas variações irão influenciar a profundidade de campo (DOF) ou o congelar dos elementos (S, Tv) conforme pode ser visto no “triângulo de exposição”.

Podem ver o exemplo de uma imagem a 100ISO e a 25600 ISO para perceberem o extremo. As imagens estão em 1:1 e são mostradas tal e qual saíram da máquina já que é possível, através de software, atenuar ou acentuar o efeito do ruído . Por causa desta variação a velocidade mudou de 1/30 para 1/8000 (a abertura foi sempre F14).

comparação de ISO

Se quiserem fazer um exercício.. quantos stops são de ISO100 a ISO25600?